Antes de iniciar discussões sobre assuntos polêmicos julgo ser necessário que saibamos de onde surgiu, quando e como surgiu essa "coisa" de inclusão.
Em 1969 na Escandinávia, um médico e um grupo de pedagogos tiveram o primeiro click sobre a educação especial, com a idéia de normalização que defendia o direito de igualdade de oportunidades na vida em sociedade no qual estão inseridos, com um padrão de vida normal e participação em atividades em grupos de faixa etária similar, a participação em tais atividades tinha o objetivo de preservar e/ou desenvolver as características, habilidades, experiências e comportamentos dos indivíduos, que a partir de então, estavam livres da institucionalização, onde até então se viam presos.
Desde então, foram surgindo novas teorias sobre integração e inclusão escolar, e as escolas começaram a receber as crianças com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e elaboraram programas de intervenção.
Em 1977 foi promulgada a Maistreming nos EUA, que defendia que, alunos com NEE fossem integrados, em instituições minimamente restritivas com serviços educacionais especial e regular coordenados e que favorecessem a convivência com grupos de faixa etária similar, como defendeu inicialmente o grupo da Escandinávia.
Em nosso país a filosofia da integração/inclusão veio à tona também na década de 1970, e até que fosse reformulada a atuação, permaneceu por 30 anos nesse modelo inicial, que pregava a normalização (tornar normal) de indivíduos com deficiências e, somente em 1990 teve inicio as discussões e tomadas de atitude para que a inclusão fosse o que hoje conhecemos.
A Inclusão Escolar e Social de crianças com NEE é então um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 sob a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), além de estar garantido também em documentos internacionais como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade(1994).
Agora, tomadas as decisões políticas e assegurado o direito de participação social, educação, lazer, trabalho e todas as outras esferas de atividades humana, é que surge a necessidade de "por a mão na massa" e fazer nossa parte. De Leis apenas não se faz progresso, é preciso que nós profissionais de saúde e educação, envolvidos diretamente com essa questão sejamos sujeitos ativos nesse processo que será benéfico a todos nós
Muitas são as atitudes a serem tomadas, grande é o desconhecimento de todos a cerca da inclusão e é para isso que destino esse espaço, com o objetivo de enriquecer nossas ações e fazer que a inclusão realmente inclusa nossas crianças.
Nenhum comentário:
Postar um comentário