quarta-feira, 23 de junho de 2010

ANS dobra o número de sessões de Terapia Ocupacional.



 
Na segunda-feira, 7 de junho, entraram em vigor novas regras pra os planos de saúde, estabelecidas pela Resolução Normativa nº 211 da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As operadoras serão obrigadas a incluir na cobertura básica 70 novos procedimentos e ampliar o limite de consultas em algumas especialidades. A medida afeta os pacientes da Terapia Ocupacional, que tiveram dobrado de seis para 12 o número de sessões. A Fisioterapia permanece com o número de consultas ilimitados.
 
O presidente do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito), Roberto Cepeda, considera a notícia um avanço, mas afirma que este número é insuficiente para uma assistência de qualidade. O presidente declara, ainda, que continuará os trabalhos, junto à ANS, para que a Terapia Ocupacional atinja o mesmo patamar do número de consultas da Fisioterapia.
 
Segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as novas regras não terão grande peso nos custos, mas essa elevação pode ser repassada, principalmente, no caso dos contratos de grupos. A nova listagem beneficiará 44 milhões de usuário de planos. Os serviços deverão constar em todos os planos de saúde contratados a partir de 1999.
 
As operadoras prometem cumprir a medida, mas afirmam que o aumento nos custos será alto. Para a ANS, as novas regras não vão impactar na mensalidade. Semana que vem, o órgão tem reunião para tratar do reajuste dos contratos individuais. Para contratos de grupos, vale a livre negociação.



Com toda certeza, 12 sessões são insuficientes!!!! 

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Falando sobre História...

Antes de iniciar discussões sobre assuntos polêmicos julgo ser necessário que saibamos de onde surgiu, quando e como surgiu essa "coisa" de inclusão. 
Em 1969 na Escandinávia, um médico e um grupo de pedagogos tiveram o primeiro click sobre a educação especial, com a idéia de normalização que defendia o direito de igualdade de oportunidades na vida em sociedade no qual estão inseridos, com um padrão de vida normal e participação em atividades em grupos de faixa etária similar, a participação em tais atividades tinha o objetivo de preservar e/ou desenvolver as características, habilidades, experiências e comportamentos dos indivíduos, que a partir de então, estavam livres da institucionalização, onde até então se viam presos. 
Desde então, foram surgindo novas teorias sobre integração e inclusão escolar, e as escolas começaram a receber as crianças com Necessidades Educacionais Especiais (NEE) e elaboraram programas de intervenção.
Em 1977 foi promulgada a Maistreming nos EUA, que defendia que, alunos com NEE fossem integrados, em instituições minimamente restritivas com serviços educacionais especial e regular coordenados e que favorecessem a convivência com grupos de faixa etária similar, como defendeu inicialmente o grupo da Escandinávia. 
Em nosso país a filosofia da integração/inclusão veio à tona também na década de 1970, e até que fosse reformulada a atuação, permaneceu por 30 anos nesse modelo inicial, que pregava a normalização (tornar  normal) de indivíduos com deficiências e, somente em 1990 teve inicio as discussões e tomadas de atitude para que a inclusão fosse o que hoje conhecemos. 
A Inclusão Escolar e Social de crianças com NEE é então um direito assegurado pela Constituição Federal de 1988 sob a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), além de estar garantido também em documentos internacionais como a Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) e Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade(1994). 
Agora, tomadas as decisões políticas e assegurado o direito de participação social, educação, lazer, trabalho e todas as outras esferas de atividades humana, é que surge a necessidade de "por a mão na massa" e fazer nossa parte. De Leis apenas não se faz progresso, é preciso que nós profissionais de saúde e educação, envolvidos diretamente com essa questão sejamos sujeitos ativos nesse processo que será benéfico a todos nós
Muitas são as atitudes a serem tomadas, grande é o desconhecimento de todos a cerca da inclusão e é para isso que destino esse espaço, com o objetivo de enriquecer nossas ações e fazer que a inclusão realmente inclusa nossas crianças.